sexta-feira, 21 de março de 2008

Seleção Brasileira Tetra

Quando aprendemos a ganhar

Estávamos nas quartas de final contra a alaranjada equipe holandesa. Era difícil esquecer da Italia espanhola, da França mexicana e da Argentina italiana.
Vestiam o segundo uniforme, mas aquele jogo foi de primeira. Iniciamos jogando bem, mas a zaga de calções laranja e seu goleiro não permitiam qualquer empolgação. Surgiu uma falha, Bebeto cruzou e Romario fuzilou o gol.
Um a zero. Placar perigoso. Bebeto recebeu a bola, esta bateu em sua coxa direita adquirindo velocidade fazendo-o correr em direção ao gol. O meio-campista holandês não o alcançava. Desesperado se jogou procurando as pernas de Bebeto, mas nosso jogador já entrava na área. O goleiro em pânico quis bloqueá-lo. Bebeto cortou com o pé direito para esquerda, o gol estava aberto. GOOL!!! Felizmente, uma vantagem considerável.
Estávamos festejando, mas o destino não queria permitir tal alegria. Rapidamente os jogadores de tamanco empataram.
Não podia acreditar. A tragédia estava próxima, mas Branco no meio do campo brigava para escapar da marcação. Deu uma volta pelo jogador, mas o implacável marcador não desistia. Assim com a mão esquerda carinhosamente na face do holandês o derrubou. O juiz divinamente não viu a carícia brasileira, mas a fúria holandesa viu e procurou o Branco jogador de azul, chutando-o criminosamente.
FALTA!
Branco bateu um torpedo que desviou da barreira. Rapidamente os jogadores holandeses da barreira acompanharam a bola e viram a mágica do herói do tetra. A bola tinha um alvo: Romário, mas nosso guerreiro jogador com a agilidade de capoerista, esquivou-se a tempo de evitar o toque. Fungindo da bola permitiu que esta batesse na trave e entrasse no gol. GOOOOOLLL!
Depois dessa tiradinha de Romário, aprendemos a ganhar.

Marcelo Bellesso


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